Novamente mais uma notícia de troca de ministros, durante o governo Bolsonaro, foi anunciada. Nesta quarta-feira, foi informado que o ministro da vez é Bento Albuquerque, ex-ministro de Minas e Energia.

A troca aconteceu após novos aumentos do diesel praticados pela Petrobras. Conforme a decisão publicada no Diário Oficial da União (DOU), quem assume o cargo de titular da pasta é Adolfo Sachsida, que já integrou a pasta da Economia como assessor especial na equipe de Paulo Guedes.

Mais uma vez observamos a substituição de ministros como uma tentativa de Jair Bolsonaro de se livrar do desgaste político causado pelo aumento do diesel. Em uma transmissão ao vivo na semana passada, o atual presidente voltou a criticar a Petrobras e solicitou que não houvesse aumento.

Visivelmente esse jogo de críticas e ameaças à Petrobras é mais um de seus métodos utilizados para que o aumento do diesel não seja colocado em sua conta. Bolsonaro, em suas falas, sempre tenta transferir a responsabilidade dos aumentos abusivos para a estatal e governadores.

A saída para o problema das altas dos combustíveis poderia ser encontrada pela presidência. No início do governo, foi apresentada uma proposta pela equipe do agora ex-ministro Bento de Albuquerque, de criar o Fundo de Estabilização dos Preços dos Combustíveis.

No entanto, a equipe de Bolsonaro se dividiu sobre a proposta apresentada e a possível solução não foi adotada. Caso a ideia apresentada tivesse sido adotada naquele momento, provavelmente os reajustes nos preços da gasolina, gás de cozinha e diesel seriam suavizados.

Não há um interesse de fato do atual presidente em amenizar os reajustes de preços. A substituição de ministro é apenas mais uma cortina de fumaça para fingir que algo está sendo feito, mas, na verdade, não há uma ação efetiva por parte do presidente. Isso é possível afirmar, uma vez que já foram feitas diversas substituições de ministros, mas, na prática, nada mudou.