Reino Unido fecha acordo e vai enviar imigrantes para Ruanda

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Pensando em vir pra terra da Rainha? Aquele sonho antigo de viver em Londres? Aquela ideia de vir como turista e depois tudo se ajeita, sabe? Cruzar as fronteiras ilegalmente não será mais como antes, afinal, quem disse que Betinha te quer ali?

O primeiro ministro britânico, Boris Johnson, aquele que nem penteia o cabelo, bolou um plano incrível: migrantes e requerentes que asilo que cruzem o Canal da Mancha ilegalmente, serão enviados para Ruanda, na África Oriental. Coisa de uns 6 mil quilômetros de distância da rainha. O acordo anunciado há alguns dias, segundo o governo britânico, é para travar as organizações criminosas de tráfico de pessoas. Dizem eles que esta é a solução “legal, segura, organizada e controlada para melhorar a vida das pessoas”. MELHORAR A VIDA DAS PESSOAS.

ATÁ!

A questão é que existe uma estimativa de chegada de 60 mil pessoas esse ano, vindas desta forma. Isso significa mais que o dobro dos que chegaram ao país no ano passado. Em 2021, 90% dos imigrantes eram homens e 75% tinham idades entre 18 e 39 anos (olha a mão de obra barata à vista!) e, adivinha: os gringo não querem imigrante, não (só se for ucraniano, daí pode).

O primeiro ministro disse em um discurso que “qualquer pessoa que entre ilegalmente no Reino Unido e os que chegaram ilegalmente desde 1 de janeiro podem ser transferidos para Ruanda (…) que terá a capacidade de reinstalar dezenas de milhares de pessoas nos próximos anos”. Johnson disse ainda que Ruanda é “um dos países mais seguros do mundo, reconhecido globalmente pelo histórico de acolhimento e integração de migrantes”, apesar de o histórico do país dizer o oposto.

Acontece que os britânicos esperam esse tipo de atitude de Johnson, que foi eleito, em grande parte, graças às promessas de travar a imigração ilegal. Porém, contudo, entretanto, na prática, continua entrando milhares de pessoas pelo Canal e agora ele resolveu dar um basta. Inclusive, outra medida anunciada, é de que a Marinha passa a ser responsável pela patrulha dos barcos com imigrantes.

Ruanda receberá até 120 milhões de libras (cerca de 144 milhões de euros) por este acordo, que prevê que os imigrantes sejam “integrados em comunidades em todo o país”. O chefe da diplomacia do país africano, Vincent Biruta, disse através de comunicado que “Ruanda congratula-se com esta parceria com o Reino Unido para acolher requerentes de asilo e migrantes e oferece-lhes um caminho legal para a residência”.

A oposição ao governo britânico, bem como grupos de defesa dos direitos humanos, criticaram duramente o projeto, que tinha, inicialmente, negociações também com Gana, que negou envolvimento em janeiro.

Qualquer semelhança com os “remotos” tempos de colonizador e colônias, não é mera coinciência.

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