Favela Parque União,
Complexo da Maré, subúrbio da Leopoldina, Zona Norte do Rio.
A praça principal, na entrada, ao fundo, a Avenida Brasil, sentido Ilha, aí é a altura da Passarela 9.
Parque União, ou P.U., é um lugar central da cultura nordestina e tecnobrega desenvolvida e mantida na favela. Hoje, o Baile do P.U., um baile funk, é um dos mais importantes do Rio.
A Maré tem tradição em bailes. O Baile da Nova Holanda, o Baile do P.U., o Baile da Vila do João.
A diversão da madrugada. Alguns, com apoio do tráfico. E com a presença do tráfico. Onde o Estado só manda o seu aparato de violência, a cultura é feita com quem é do lugar.
Eu já fiz um TEDxMaré com suporte do tráfico.
Levei o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no TEDx em 2013, num acordo com o tráfico de que eles iam segurar atividades na tarde daquele sábado.
Polícia nunca ajuda na favela. Só mata e atrapalha. Uma pena.
O P.U. tem igrejas. Escolas, gente do Piauí, Ceará. É, com a Nova Holanda, uma favela composta por nordestinos. E sim, há racismo. O branco nordestino pobre por vezes pratica racismo em suas falas, com o negro morador. Não há tantos moradores negros no PU quanto na Vila do João, uma favela essencialmente negra. Mas assim é a vida no Brasil. Racismo existe até a raiz.