Quanto você tá a fim de pagar pelo tal do “american dream”?

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Eu nunca morei nos Estados Unidos. Aliás, eu nunca morei em lugar nenhum, exceto Brasil e Portugal. Mas eu vi no fim de semana uma notícia sobre os Estados Unidos tipo as que eu vejo sempre sobre Portugal: aumento brutal no número de brasileiros querendo imigrar para aquele país. Mesmo sem garantias, sem emprego, sem suporte ou apoio.

Desespero.

É isso que é. Gente que deixa, por vezes, carreira consolidada pra arriscar em busca de um sonho, neste caso, o sonho americano. Mas serve também pro sonho europeu, do qual já falei outras vezes.

O Brasil tem quase 15% da população desempregada, queda bizarra na renda das famílias, inflação comendo solta… geral surta mesmo, gente.

Mas daí, eu leio bem no fim da matéria, aquela coisa escondida, quase em letrinhas de receita de bula de remédio: “O salário mínimo de US$ 7,25 a hora (cerca de R$ 40) não tem atraído trabalhadores locais para funções no varejo, por exemplo – o que pode significar mais oportunidades de trabalho para quem vem de fora”.

Sabe o que isso significa? A mesma coisa que eu disse sobre Portugal: as vagas estão sobrando, porque ninguém aqui quer. Se ninguém quer, talvez nem seja suficiente pra uma pessoa se manter minimamente. Mas a pessoa se ilude com esses “40 reais” e acha que é dinheiro pa caramba quando, na realidade local, não é!

Detalhe: o aumento absurdo no pedido de vistos que a matéria diz, se dá, principalmente, por pessoas super qualificadas, com currículos extensos. São essas pessoas que vão querer trabalhar em funções que, no Brasil, são consideradas “subempregos” (aff)? Pra ganhar em dólar?

Qual o preço que você está disposto/disposta a pagar por esse tal de “American dream”?

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