Já faz uns bons anos que nós, paranaenses, apelidamos o estado de Rússia brasileira. Quando a expressão surgiu, o motivo era porque muita coisa bizarra que acontecia no Brasil, vinha do Paraná ou passava pelo estado de alguma forma.

Dá um google em “Rússia brasileira” e você vai entender.

Homem assalta banco de carroça. Paraná.

Quatis invadem casa e comem 4kg de bacon, pão e frutas. Paraná.

Homem se joga contra o asfalto dizendo que tentava ir para o metaverso. Paraná.

Ladrões desmancham casas e levam portas, janelas e paredes. Paraná.

Vaca cai do telhado de casa. Paraná.

Oil man. Paraná.

Entendeu o espírito da coisa? Era isso. Mas até isso mudou nos últimos anos. Na Rússia brasileira agora, as notícias bizarras são do tipo:

TV pública (RIC Record) proíbe funcionários de usarem vermelho para aparecer em reportagens, por lembrar a cor do PT.

Alunos de escola particular burguesa fazem xixi em bandeira do PT, filmam e divulgam nas redes sociais.

Vereadora proíbe alimentos que lembram partes íntimas (?).

Professora em escola particular religiosa faz saudação nazista.

Quer mais?

Sérgio Moro

Deltan Dallagnol

Damares Alves

Ricardo Barros

Nise Yamaguchi (cês lembram dela? a defensora da cloroquina)

tudo gente do Paraná.

Com o patamar que esse estado ganhou no governo Bolsonaro, não dá mais nem pra fazer piada. Não dá pra zoar nem de leve. Porque, cada dia mais, eles levam a sério o apelido de Paranazi.

Disse antes e digo de novo: depois cês me perguntam se eu pretendo voltar pra Maringá e quase infartam quando eu digo que não. Mas como, misericórdia?

Enfim, as definições de Rússia brasileira foram atualizadas com sucesso. Cês tão de parabéns.