Novo museu do tesouro da monarquia portuguesa é obsceno

Leitura: 2 min
Divulgação

Uma das maiores caixas-forte do mundo está instalada agora no Palácio da Ajuda, em Lisboa, pra abrigar uma coleção com mais de mil itens que compõem o tesouro da monarquia portuguesa.

Adivinha: nosso ouro, a parte que não tá estampada em paredes de igrejas portuguesas e a outra parte que não foi gasta na manutenção da vida dos reis e rainhas, tá ali. Três andares de tesouros, amigo. Uma sessão inteira dedicada ao Brasil. “Ouro e diamantes do Brasil” é o nome e, entre outras coisas, tem a segunda maior pepita de ouro do mundo, com mais de 20kg, extraída de Minas Gerais.

Se engana quem pensa que toda a desgraceira feita por Portugal no Brasil e demais países invadidos, foi pra trazer qualidade de vida, riqueza, pro povo português. O único povo beneficiado com o horror que foram as invasões, foi a família real e mais uns e outros que fizeram fortuna no Brasil e ficaram por aí com terras e poder. No mais, o português médio só vê o ouro da mesma forma que nós: em vitrines blindadas, em salas protegidas por portas de 5 toneladas.

O que arrebenta com tudo é o povo português, brasileiro ou gringo mesmo, que vai pagar pau pra fortuna de realeza (vide 70 anos de reinado de Betinha), sem reconhecer que aquilo ali só existe à base de uma das maiores atrocidades da história recente da humanidade: as invasões, a colonização e a escravidão.

Esse tesouro é criminoso, como é todo o movimento de invasões praticado por Portugal, Espanha e Inglaterra, principalmente. E tudo o que se seguiu depois. Tem sangue nesse tesouro. Tem sangue preto e indígena espalhado por aqui e, o mínimo que você tem que fazer, é não pagar pau pra quem nos fez sofrer.

Tags
Compartilhe

Leia também

O site da Coluna de Terça utiliza cookies e tecnologias semelhantes para ajudar a oferecer uma experiência de uso mais rica e interessante.