Início de uma nova semana e com ela mais uma notícia sobre a inflação. Nesta segunda-feira (16), foi divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) que, em abril, a inflação para as famílias com renda domiciliar muito baixa foi de 1,06%. Já entre as famílias de renda alta marcou 1%.

A inflação para os grupos familiares mencionados chegou a 12,7% e 10,8% respectivamente. Mas quem faz as contas já vem reparando que os preços nos mercados estão cada vez mais altos.

As famílias de renda mais baixa vêm sentindo de forma mais expressiva os preços dos alimentos e bebidas. Enquanto que para as famílias com um maior poder aquisitivo, o impacto no orçamento tem sido causado pelo transporte.

O transporte acumulou o total de 60% da inflação. Os reajustes para passagens aéreas foi de 9,5%; transporte por aplicativo 4,1%; do etanol 8,4% e diesel 4,5%. Mas essa informação não é tão relevante para as famílias que precisam deixar itens nas prateleiras dos mercados para os gastos encaixarem no orçamento. 

Antes de pensar em viajar, o brasileiro de baixa renda precisa lidar com a alta dos preços dos alimentos, como, por exemplo, a batata que subiu 18,3%, o leite 10,3% e o óleo de soja 8,2%  para citar alguns.     

Em comparação há dois anos, o carrinho do brasileiro está bem mais vazio, uma vez que, em março de 2020, era possível fazer uma compra de itens básicos com pelo menos R$200,00 segundo uma pesquisa realizada entre Procon-SP e o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Hoje, o mesmo carrinho de compras com itens básicos saltou mais de R$60,00. Um valor que faz uma diferença enorme para o fechamento das contas de famílias que possuem uma renda mais baixa. Isso quando é possível fechar as contas sem ficar com o saldo negativo, mas, ultimamente, tem sido quase uma missão impossível.