Esse evento internacional, super moderno, que visa exaltar a importância das mulheres no desenvolvimento mundial, sua relevância na evolução social, não contou com presença brasileira.

Motivo: para o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, a mulher já está praticamente integrada a sociedade. Vide o evento do qual os principais nomes governo participaram para debater o dia do mulher. Chamado Ciclo de Ideias Mulher, o evento contou com: Jair Bolsonaro, Arthur Lira, Paulo Guedes, Tarcísio de Freitas e Rodrigo Garcia. Uma revolução feminina.

Tem mais: o procurador geral da República, Augusto Aras, também participou de um evento, organizado pelo Conselho Nacional do Ministério Público, no qual exaltou o quanto a mulher evoluiu ao ter liberdade para escolher a cor do próprio esmalte ou do sapato que quer usar.

O governo está empenhado em aumentar a participação da mulher na esfera política: conta com a ajuda de Michele Bolsonaro e Damares Alves, sendo essa segunda a responsável pelo menor orçamento para o combate à violência contra a mulher em quatro anos.

E a imprensa ficou indignada. As mulheres âncoras de jornais brasileiros diziam horrorizadas: ELAS estão em busca de melhores salários, de igualdade, de escolher ser mãe ou não, de escolher sua orientação sexual; ELAS querem oportunidades iguais. ELAS. Não NÓS. Porque elas (as âncoras de salto alto e cabelo feito), elas não são nós. Outras parada.

Só coisa boa num país que mata uma mulher a cada 6 horas; num país no qual as mulheres negras são as mais violentadas, as que mais passam fome, as que mais lidam com a pobreza.

Sabe a luz no fim do túnel? Acho que é um trem vindo passar por cima da gente.