Cartão de crédito: amigo ou inimigo do pobre?

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Em março, a proporção de brasileiros endividados bateu novo recorde. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), cerca de 77,5% de famílias relataram ter dívidas a vencer, se tornando a maior proporção em 12 anos de levantamento.

No ano passado, a proporção era 67,3%, 10,2 pontos percentuais mais baixos.

O aumento dos brasileiros endividados está ligado, principalmente, ao aumento do valor da alimentação, moradia, luz, gás, água, transporte, dentre outras necessidades básicas. Ser brasileiro está absurdamente caro, tanto para viver quanto para morrer.

O cartão de crédito que popularizou-se, primeiramente, apenas como uma possibilidade extra de compra, passou a se tratar nos tempos atuais de um complemento na renda de pessoas pobres, funcionando assim como uma das formas que torna possível ir mais frequentemente ao mercado, por exemplo.

Com as altas taxas de inflação e o salário mínimo completamente desalinhados, a solução acaba por ser o cartão de crédito, o que resulta num ciclo constate de trabalhar para pagar a fatura, seguido por fazer mais dívidas. Isso sem contar quando a gente não dá conta de pagar a fatura inteira, paga o valor que pode e os juros vêm com tudo na fatura seguinte.

A verdade é que o cartão de crédito pode não ser a solução mais sensata pra ajudar no orçamento mensal, mas tem sido a única forma de permitir um falso poder de compra para o pobre, para assim tentarmos sobreviver com o mínimo por um mais mês.

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