A guerra fria brasileira

Leitura: 2 min
TEMPLATE IMAGENS PARA SITE 1200x630px (9)

É completamente assustador viver no Brasil de Bolsonaro. O antipetismo está deixando muito acirrada a disputa política nos últimos anos, desde o golpe da presidenta Dilma Rousseff, um golpe político que feriu a democracia brasileira e criou novos limites para a ascensão da extrema direita no país. O fato é: desde o dia 31 de agosto de 2016, abriu-se uma cratera, com esgoto fascista escorrendo e tomando o cenário político e social.

Há alguns anos, as pessoas ao menos escondiam os seus preconceitos. Hoje, com aval presidencial, elas expõem as suas atrocidades racistas, misóginas, LGBTIfóbicas, e demais preconceitos sem nenhum medo ou vergonha. O falso moralismo tomou conta do cenário político, o que logo volta à sociedade que, a partir de uma imposição de sua visão de mundo e credo religioso. propaga diversas violências às minorias sociais.

Desde o golpe, podemos perceber escancarado o desmonte dos serviços públicos, a reforma trabalhista, o desemprego, a inflação, o desmonte do Sistema Único de Saúde e ciência, a destruição e a elitização do sistema educacional, a política da fome e do extermínio de pessoas pretas e indígenas, o desmatamento na Amazônia, dentre outras barbáries. É agonizante ver e sentir todos os dias as precariedades feitas e agravadas pelo (des)governo de Bolsonaro.

Hoje, lidamos com assuntos tão mais urgentes, que não temos tempo de parar e refletir sobre o país que sonhamos em ter. São 33 milhões de brasileiros passando fome e 125 milhões em insegurança alimentar, de acordo com a última pesquisa do Penssan. Tivemos um retrocesso de 30 anos em apenas 3 anos e meio desse governo. Não temos mais tempo para regredir, precisamos avançar! Se a polícia não te pegar na bala, Bolsonaro te mata de fome.

Faltam menos de quatro meses para as eleições e é preciso termos convicção de que não há outra solução: é Lula. Pois, de um lado temos um governo de morte e fome e do outro um governo que tirou o Brasil do mapa da fome, com o maior programa de distribuição de renda do mundo, com o Bolsa Família – política pública de Estado que perpassa candidaturas presidenciais, diferente do Auxílio Brasil [política de governo] que acaba ao final do mandato do presidente.

Existem diversas contradições do governo Lula, negligências que custaram caro à população negra e indígena, assuntos que são irrevogáveis e que cobraremos juntos de modo democrático após a eleição do nosso futuro presidente. Contudo, temos que ter ciência de que essa é a única saída diante do cenário político que estamos vivenciando. Não há mais tempo, a derrota de Bolsonaro precisa chegar nas ruas e nas urnas, em defesa da democracia e da vida.

Compartilhe

Leia também

O site da Coluna de Terça utiliza cookies e tecnologias semelhantes para ajudar a oferecer uma experiência de uso mais rica e interessante.