Pátria fome Brasil

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Atualmente, cerca de 33,1 milhões de brasileiros passam fome no Brasil, de acordo com o levantamento realizado pelo instituto Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan). Há, ainda, 58,7% da população que vive com insegurança alimentar. Retornamos a um contexto semelhante ao da década de 1990.

Em 2020, a pesquisa apontava que o Brasil havia retornado a um quadro semelhante ao de 2004. Ou seja, o cenário piorou, e muito. Alguns podem até dizer que isso ocorreu por causa dos comércios que fecharam, as restrições sanitárias, que o Brasil não devia ter “parado” etc.

No entanto, isso não se deve apenas ao COVID-19, na verdade, a pandemia simplesmente escancarou a desigualdade que já existia no país. A pobreza e a fome não surgiram no contexto pandêmico. Mas a má gestão dos poderes políticos contribuiu ainda mais para o aumento vergonhoso da fome no Brasil.

Não há política efetiva de combate à fome atualmente. Além disso, o atual governo, visivelmente, não está preocupado na segurança alimentar das famílias brasileiras de baixa renda. Basta lembrar que, em 2019, Bolsonaro extinguiu o Conselho Nacional Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).

Nos mercados, estão VENDENDO osso. VENDENDO. Vocês realmente acham isso normal? Na última segunda-feira (06), um jovem de 20 anos pediu para só ser liberado da cadeia após o jantar porque estava há dias sem comer. Vocês têm noção que uma pessoa preferiu ficar em local superlotado, em que há disputa de lugar para dormir, um lugar em situação precária apenas para garantir que conseguiria um prato de comida naquele dia?

Um jovem, que não tinha antecedentes criminais, solicitou sua permanência na prisão para poder comer. Isso deveria assustar e revoltar a população. O programa Auxílio Brasil não é o suficiente. Com isso, não quero afirmar que os programas anteriores eram perfeitos, mas as medidas adotadas anteriormente fizeram com que o Brasil saísse do Mapa da Fome em 2014. 

Após a criação do Auxílio Brasil, cerca de 2 milhões de famílias em situação de extrema pobreza ficaram de fora da lista do benefício. Estamos diante de um cenário de alta inflação nos alimentos, taxa de desemprego disparada, redução do poder de compra da população. Enquanto isso, temos um presidente que está mais preocupado em participar de “lanchiata”. 

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