Quando eu digo para vocês que o Direito está sempre correndo atrás do fato social, eu tenho quase certeza de que vocês acham que isso é mimimi de advogado. Mas aí, essa semana, a @anitta confirmou para todo mundo o que eu sempre falo aqui quando disse a seguinte frase: “E eu achando que estava fazendo só uma tatuagem no tororó!”
Se você ainda não entendeu, eu te explico. Tudo começou quando o sertanejo Zé Neto disse em um show que os artistas de verdade não precisam da Lei Rouanet e nem fazer tatuagem no t#b@, em referência direta à cantora Anitta que, como todos sabem, possui uma tatuagem na parte íntima citada.
Fato é que, depois dessa declaração, veio à tona os valor dos altíssimos cachês pagos com dinheiro público, principalmente dos municípios, aos artistas sertanejos. A polêmica acabou respingando no cantor Gusttavo Lima que possui alguns dos cachês mais altos.
Para você ver! Até uma tatuagem no tororó vira enredo para o judiciário brasileiro e, nesse caso, que bom que foi assim!
O MP de vários Estados começou a investigar o uso de dinheiro público nesses eventos e também os altos cachês pagos aos artistas, já que todo ato da administração pública deve observar o interesse público.
Honestamente, eu não acho que qualquer artista vá ser responsabilizado pelos valores cobrados, mas o c# da Anitta levantou uma discussão jurídica importante em relação aos princípios que norteiam a administração pública.
A Anitta, como a gente sempre fala por aqui, é muito mais que uma bunda. A mulher é tão arretada que até no debate sobre a moralidade no uso do dinheiro público ela mexeu.