Ano de eleição. É de extrema importância e urgência observar as notícias acerca dos presidenciáveis. O atual presidente Jair Bolsonaro será o primeiro presidente, desde o Plano Real, a terminar o seu mandato com o salário mínimo valendo menos do que quando entrou.
Segundo os cálculos da corretora Tullett Prebon Brasil, a perda será de 1,7%. Nenhum governante, seja no primeiro ou segundo mandato, entregou um mínimo em que a população tivesse perdido o poder de compra.
Na verdade, essa previsão irá se manter se a inflação não avançar mais do que o previsto pelo mercado no Boletim Focus, do Banco Central. As previsões vêm sendo revisadas para cima há 16 semanas e, descontada a inflação, o piso salarial cairá de R $1.213,84 para R$1.193,37 entre dezembro de 2018 e dezembro de 2022.
Há três anos, não ocorre reajuste do piso acima da inflação. O salário mínimo é a remuneração básica para os brasileiros que estão em trabalho formal. Ainda sim, mesmo para quem se encontra empregado está sendo obrigado a diminuir os gastos.
Com o aumento dos preços ano após ano, os brasileiros estão sendo obrigados a diminuir o consumo de vários alimentos, principalmente carne vermelha. Ossos estão sendo vendidos em açougues e mercados. Nunca o dinheiro dos brasileiros rendeu tão pouco.
Atualmente, a classe trabalhadora precisa escolher entre pagar contas e comer. Não há possibilidade de lazer. Retornamos para a linha da miséria, os alimentos básicos estão cada vez mais caros, trabalhadores e aposentados precisam “inventar” métodos para ganhar renda extra e conseguir suprir o básico. Não se trata de empreendedorismo, mas, sim, de formas de sobrevivência.
Normalizamos a miséria infelizmente.