Se masturbar tendo relacionamento? Óbvio que sim!

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Crystal Cox Business Insider

Eu não sei de onde tiraram essa ideia de que se masturbar é coisa de gente solitária, coitada e solteira. É quase como se vissem a masturbação como um ato de desespero de alguém depravado e que foi deixado de lado. Tipo “ninguém quis e ele teve que se submeter a isso”. Quando foi que a gente colocou tanta culpa no prazer, né? Aposto que foi quando a primeira mulher gozou. RISOS.

O prazer individual deve ser levado em conta tanto quanto o prazer a dois. E quando eu falo prazer a dois, é prazer PARA OS DOIS também, sabe? Porque a gente sabe que esse papinho de “prazer a dois”, no mundo falocêntrico e misógino em que vivemos, é, na maior parte das vezes, sobre esse sexo voltado pro prazer do homem cis hetero.  

Se toca, né, gente? Literalmente. Pelamordedeus.

Essa coisa de que a masturbação só pode ser em casal e pro bem do casamento é coisa de evangélico moderninho que, sim, anda quebrando tabus ao abordar o assunto, mas ainda é uma ideia um pouco ultrapassada.

Eu fui casada com gente que olhava o histórico de navegação do meu computador e me perguntava como é que eu podia estar me masturbando se não estava dando pra ele. O ego do homem hetero é mesmo uma coisa incrível. RISOS.

A gente precisa tirar a masturbação desse lugar de desespero e falta, pra colocar num lugar de prática diária e saudável. Tipo beber água, fazer exercícios e escovar os dentes: se masturbar é tão essencial quanto essas coisas.

São duas coisas diferentes: a masturbação em casal que é uma experiência ali do casal, de descoberta, de toque, de desejo mútuo; e a masturbação tu contigo mermo, que é outra parada e vai do autoconhecimento também, dessa festa, desse carinho consigo mesmo, do entendimento desse poder e cura que é o nosso prazer.

A gente não se masturba porque está sem sexo, mas porque essa prática de autoprazer faz parte da construção de nossas identidades e sexualidades; e das descobertas de nós mesmos. Faz parte de conhecer a si mesmo aprender a se tocar sem culpa. Afinal, não há nada de errado em querer dar prazer a si mesmo ou aprender sobre o próprio corpo, os próprios gostos, desejos, preferências e vontades.

E aí, já deu uma gozadinha hoje?

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