A quem a justiça é justa?

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Na última sexta-feira (15), Luísa Lopes, uma jovem negra, de apenas 24 anos, teve sua vida interrompida após ser atropelada por uma motorista, em Vitória. Adriana Felisberto Ferreira, de 33 anos, é investigada pela autoria do crime e estava, possivelmente, bêbada. Ela negou-se a realizar o teste do bafômetro.

Ivan Lopes, pai de Luísa, lamenta que a filha tenha tido seus sonhos interrompidos. Além de estar cursando graduação em Oceanografia, na Universidade Federal do Espírito Santo, e fazer curso de inglês, ela planejava ir morar Canadá.

Uma vida inteira impedida de acontecer. A perda de uma filha, amiga, modelo, passista, estudante e qualquer coisa mais que Luísa tenha sido ou poderia ainda ser, entra em confronto com o posicionamento da suposta assassina. Adriana, em vídeos na internet, se mostra mais preocupada com o estado do carro; isso apenas ressalta o quanto, para muitos, a nossa vida não vale absolutamente nada!!!!

A Justiça Brasileira, o instrumento da verdade através da igualdade jurídica, após o pagamento da fiança de 3 mil reais, liberou Adriana para que responda o processo em liberdade e, mais uma vez, legitimou a quem ela ampara.

A partir disso, se evidencia, de novo e mais uma vez neste país, o racismo institucional que, quando sem sequer existem provas concretas, encarcera pessoas pretas através de um sistema falho em muito níveis. Em contrapartida, deixa livre uma mulher branca irresponsável, claramente alcoolizada, mesmo sendo presa em flagrante após atropelar a vida não somente da Luísa, mas também de seus familiares e amigos.

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