Do ponto de vista político, divirjo de Miriam Leitão em alguns pontos. Mas lembrar da luta de Miriam é lembrar do porquê estou aqui hoje.
Ela, milhares de pessoas, tiveram as vidas marcadas pela violência doentia da ditadura civil-militar imposta ao povo brasileiro em 31 de março de 1964.
Se eu estou vivo, sou continuidade do Brasil que Miriam construiu.
Eu estou fora do meu país há quase 4 anos. Bolsonaro defende a violência. Mourão zomba. Eduardo Bolsonaro ri de uma mulher ameaçada de estupro e presa numa sala com uma cobra.
Newton Cruz foi tarde.
Como tarde irão todos depois dele.
Miriam é uma das mentes mais importantes do povo brasileiro. E eu aqui me solidarizo com ela, seu filho, e todas as famílias que até hoje procuram respostas sobre seus parentes, torturados pelo Doi-Codi.
A ditadura é o escudo dos covardes. O auge da psicopatia. Que caia Bolsonaro no lixo da História.