No fim, a gente só quer ser amada

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Reprodução: Globoplay/ Tv Globo

Natália Deodato, deixou o BBB22 no último paredão; a menina mulher que ganhou o público nas primeiras semanas porsua força, intensidade e autenticidade e, de certa forma, se perdeu no jogo após achar que encontrou um “amor”.

A “Barbie profissões”, como foi apelidada nas redes sociais por sua versatilidade de corres, também expôs sua intensidade na entrega das relações. Cercada de inseguranças e traumas, por muitas vezes, colidiu com as suas próprias aliadas, Lina e Jessi, por se sentir abandonada e excluída, guiada pelos seus próprios fantasmas que distorciam a realidade.

E nessa realidade, não conseguia reagir quando estava sendo usada por Eli que, a princípio, ficava com ela apenas nas festas; apenas quando lhe era conveniente é que estabelecia prioridade na relação dos dois, como estratégia para se manter no jogo.

Natália, me levou a um lugar de desconforto por me ver nela diversas vezes, sabendo que estava sendo usada e estática, se contentando com um relacionamento bosta apenas por não saber lidar com a intensa solidão.

A solidão da mulher preta perpassa por todos os relacionamentos. O medo e a fúria por sempre se sentir insuficiente e não pertencente a espaço algum, nos condiciona a extremos, seja o surto ou recolhimento dos sentimentos. Todas nós, mulheres pretas, um dia fomos Natálias: nos colocamos em lugares que não nos cabiam, nos submetemos a humilhações por apenas não nos sentirmos merecedoras de amor, por sempre sermos objetificadas e não enxergar mais nada além.

Nós somos f*da, guerreiras, independentes mas também merecemos ser assumidas, respeitadas, cuidadas e, acima de tudo, AMADAS verdadeiramente.

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