Por piscina e restaurantes, menino de 9 anos foge de avião

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Quando eu digo que o Brasil não é pra amadores, é por situações como essa. Um garotinho de 9 anos decidiu fugir. Saiu de casa, em Manaus, pegou um avião e foi parar em Guarulhos, São Paulo. Não tinha dinheiro, não tinha documento, não tinha passagem. Driblou geral e partiu. Foram 2,7 mil km de viagem.

A missão? Ir para Campinas viver com a tia para ter uma vida mais confortável, com piscina e restaurante. E não sou eu quem está dizendo isso; foi ele quem disse em depoimento à polícia.

A história é essa: a casa da criança fica a 16 km de distância do aeroporto. Sim: sem dinheiro. Pegou três ônibus. O plano pra chegar em Campinas tava prontinho na cabeça dele. Acordou cedo, saiu de casa às 6h, pegou o transporte e tentou passar junto com uma família, mas não rolou. Aí se ligou num grupo de crianças e dessa vez teve sucesso: passou pelo raio-X sem ser percebido e decolou de Manaus pra São Paulo às 15h50.

A família, registrou queixa sobre o desaparecimento ainda pela manhã. Mas a notícia só veio muito depois. Segundo a Latam, empresa pela qual a criança viajou, o fato de o menor estar desacompanhado foi identificado durante o voo e, por isso, a empresa informou a situação ao Conselho Tutelar e Polícia Federal para que pudessem resolver o caso quando o avião pousasse, às 21h09.

O que a polícia diz sobre o caso

Depois de colhidos os depoimentos, a polícia concluiu que a criança agiu sozinha. Fez pesquisas online sobre como passar despercebido no aeroporto e conseguiu o feito. O menino não tem histórico de violência doméstica ou maus-tratos, ainda de acordo com a apuração policial.

Tudo o que ele queria, era piscina e restaurante. E, por pouco, não conseguiu.

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