Explodiu?

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O presidente russo Vladimir Putin ordenou neste domingo, 27 de fevereiro, que as forças nucleares de seu país se coloquem em alerta em meio a tensões com o Ocidente por causa da guerra na Ucrânia. Este anúncio foi feito após reunião televisionada com seus principais assessores.

O Ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e o chefe do Estado-Maior General, Valery Gerasimov, disse ele, têm instruções para colocar as forças em um “regime especial de prontidão de combate”.

Tal manifestação ocorre pouco depois do pronunciamento de Olaf Scholz, Chanceler alemão (SPD), em que ele dá uma “resposta à guerra de Putin”, em referência ao envio de armas da Alemanha para a Ucrânia, ao investimento milionário nas Forças Armadas Alemãs e, claro, à clara e real necessidade de transição energética da maior potência europeia, “não só pelo clima e pela economia, mas também por nossa própria segurança”, em suas palavras.

Além disso, os membros da OTAN haviam feito “declarações agressivas”, disse Putin, aparentemente referindo-se a duras sanções financeiras contra a Rússia e contra ele mesmo, como a exclusão dos bancos russos do sistema SWIFT, um sistema internacional de pagamentos bancários que movimenta trilhões de dólares por ano. Na prática, os bancos russos, ou melhor, o governo Putin está sendo “expulso do sistema financeiro internacional”, conforme diz um alto funcionário do governo norte americano.

Parece, portanto, que Putin se viu na necessidade de contra-atacar. Ainda que no campo das manchetes. Até porque desde a 2ª Grande Guerra se sabe o grande medo que as palavras “nuclear” e “atômica” produzem no jogo, sobretudo o diplomático, cheio de palavras e ações moderadas de força com intuito de obter sucesso em determinado debate. O tom neste domingo, definitivamente, subiu. Muito.

Enquanto isso, a guerra de agressão contra a Ucrânia continua ininterrupta. A capital ucraniana continua no centro da luta entre as forças russas e ucranianas. A luta com os chamados “grupos de sabotagem” russos foi relatada pelo lado ucraniano. O prefeito Vitali Klitschko impôs, portanto, um toque de recolher completo até segunda-feira de manhã. Os civis que ainda estão nas ruas são “considerados membros dos grupos de sabotagem do inimigo”.

Os próximos dias prometem ser bastante difíceis. Como se os dias até aqui já não tivessem sido demasiado aterrorizantes.

Fontes:

https://www.zdf.de/nachrichten/politik/ukraine-krieg-russland-lage-100.html

https://www.zdf.de/nachrichten/politik/scholz-regierungserklaerung-ukraine-krieg-100.html

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