Igualdade na boca de falso moralista, mata todo dia

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Hoje um homem foi preso em SP porque, simplesmente, amarrou a namorada no engate do carro e tentou arrastar a vítima por uma estrada. A sorte dela, foi que a mangueira que ele usou para amarrá-la se rompeu. Depois da tentativa de homicídio, o cara ainda foi lá e espancou a mulher.
Me lembro bem que na época em que discutíamos a inclusão do feminicídio no Código Penal, os arautos do saber e do discurso moralista criticaram a medida com o argumento de que já havia o crime de homicídio e que, portanto, não havia necessidade de tipificar feminicídio porque “somos todos iguais”. Sabe aquele discurso que a gente ouve quando discute racismo? Ele é muito parecido quando falamos de feminismo.
Mas é sempre assim… você lembra que tentaram criar a Lei Neymar para evitar a agressão de homens por mulheres fazendo um contraponto com a Lei Maria da Penha? “Lei Neymar da Penha”! Eu nunca vi coisa mais ridícula na minha vida! Quantos homens vocês conhecem que são amarrados a um carro por sua companheira e puxados por uma estrada?
Naquela época, me lembro de travar longos debates explicando o que eu vou explicar para vocês agora. Dá para qualquer pessoa entender, porque é muito mais uma questão de bom senso do que de conhecimento da Constituição.
Explico: isonomia (igualdade) é dar tratamento igual aos iguais e diferente aos diferentes. Ou seja, igualdade não significa tratar todo mundo igualzinho, mas equilibrar a balança para que todos tenham as mesmas oportunidades e direitos.
E mesmo todo dia saindo uma notícia nova sobre extermínio de algum grupo, essas pessoas desprovidas de inteligência e caráter continuam por aí dizendo que “somos todos iguais”, ou que “você não pode limitar minha liberdade de expressão”.
Agora você já sabe o que dizer para eles! Não se omita! Nós não vamos aceitar a morte de pessoas simplesmente por serem mulheres, pretas, judias, de esquerda, do candomblé ou por qualquer outra razão.

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