Homem é condenado por jogar estrume em campo de tênis em Portugal; ao mesmo tempo, violência nas escolas é escondida e ignorada

A TV aqui da redação tá sempre ligada em algum noticiário. Hoje, por coincidência, estava na CMTV, que é tipo o Datena de Portugal, só que multiplicado pelo dia todo. E eles também têm um jornal impresso. CM é de Correio da Manhã. Então tudo que é desgraça, sangue, treta e afins, tá na CMTV.

Daí que a matéria trazia destacada em letras garrafais os seguintes dizeres: LANÇA ESTRUME É CONDENADO À PRISÃO E MULTA. E isso resume a notícia: uma pessoa jogou cocô de vaca num campo de tênis e foi condenada. 18 meses de prisão e multa de 111 MIL EUROS. Tem outros crimes que foram imputados a ele, tipo: cortar árvores municipais. Isso e o cocô, foram considerados seis crimes, pelos quais, o Tribunal de Leiria, cidade ao centro de Portugal, condenou o homem por seis meses para cada crime. 

De acordo com a CMTV, “o despacho do Ministério Público (MP) declara que o arguido terá tido várias ações de corte de árvores plantadas pelo Município de Leiria e deitado toneladas de estrume nos campos, que são geridos pelo Clube Escola de Ténis de Leiria (CETL) desde 2014, obrigando-o, por diversas vezes, a suspender a sua atividade desportiva”.

A pena foi suspensa. Mas ele deverá pagar a multa.

Bom, a matéria a seguir foi sobre: tcharaaaaam… Violência nas escolas de Portugal. Entretanto, a mão do estado que pesou contra o homem do estrume, não tá nem aí pra esse caos que rola nas instituições de ensino aqui. Inclusive, a própria matéria da CM tratava dessa forma ao dizer que a direção da escola em questão não tá nem aí pra situação e tenta abafar o caso. Ou, como dizem aqui: está-se a borrifar pra isso.

Prioridades, né amigos? E veja: não tô falando que o cara do estrume tá certo, não. Tampouco, que tem que ser absolvido. Não cabe a mim decidir isso. Mas me cabe ficar indignada com o que tá rolando nas escolas e ninguém tá fazendo nada. A gente, acompanhando o caso da Maria, bem sabe o quanto tentam o tempo todo diminuir a história de violência daquele caso (e de tantos outros que chegaram pra nós).

Vale destacar: essa pauta da violência dentro das escolas portuguesas, só ganhou repercussão, inclusive na mídia portuguesa, depois do barulho que a CT fez com o caso do filho da Maria e os tantos outros que chegaram até nós.