Ocupação do Jacarezinho tem muita violação e pouco benefício, diz advogado

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Em maio do ano passado, depois que uma operação da Polícia Civil resultou em 28 mortes na favela do Jacarezinho, o advogado Joel Luiz Costa, 32 anos, gravou um vídeo que viralizou nas redes sociais. Nascido e criado no local, ele lamentava aos prantos o interminável clima de guerra que transforma o cotidiano dos moradores em uma sucessão de tragédias. “É desanimador fazer a gente pensar que não tem solução. Entraram no Jacarezinho, mataram 25 pessoas ou mais, e isso acabou com o tráfico de drogas? A partir de amanhã não vai ter mais?”, questionou.

Há pouco menos de um mês, a polícia voltou ao Jacarezinho, desta vez para ficar. É o projeto Cidade Integrada, uma espécie de UPP repaginada que o governador Claudio Castro (PL) quer apresentar como uma de suas realizações. Depois da ocupação pelas armas, a promessa era de que o governo levaria à comunidade serviços públicos que estavam em falta. Nessa entrevista à coluna, Joel, que faz parte da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (RJ) e é coordenador do Instituto de Defesa da População Negra, avalia qual efeito a iniciativa teve no cotidiano dos moradores.

Denúncias de truculência policial e desrespeito aos direitos básicos dos residentes no Jacarezinho são a tônica, sem a contrapartida da melhoria dos serviços sociais, segundo ele. “Até aqui só teve fuzil e violações – a gente tem muita denúncia sobre isso – e meia dúzia serviços para enganar os bobos”, diz Joel.

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